GREVE GERAL EM ARAGUAÍNA Profissionais da educação paralisam atividades e cobram valorização e cumprimento de direitos

Os trabalhadores da rede municipal de ensino de Araguaína decretaram greve geral por tempo indeterminado. A decisão foi tomada durante assembleia realizada na manhã desta quarta-feira (7), organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado do Tocantins (Sintet), que já comunicou oficialmente a paralisação à Prefeitura.

Segundo o Sintet, a greve é resultado da falta de avanços em pautas apresentadas diversas vezes à gestão do prefeito Wagner Rodrigues (União Brasil), sem que houvesse retorno satisfatório ou propostas concretas. A categoria afirma que a decisão foi motivada pelo descaso com os direitos trabalhistas e a estagnação de processos fundamentais para a valorização da carreira dos servidores.

Entre as principais reivindicações estão:

  • O pagamento das progressões funcionais devidas aos profissionais da educação;
  • A aprovação e efetiva implementação do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) dos servidores administrativos da rede;
  • O cumprimento da Lei do Piso Nacional do Magistério, com a aplicação correta de 1/3 da jornada de trabalho para atividades de planejamento, o que corresponde a 33,3% da carga horária dos professores.

De acordo com a presidente do Sintet Regional de Araguaína, Rosy Franca, a greve foi aprovada diante da insatisfação crescente da categoria. “A categoria deliberou pela greve porque está insatisfeita e reclama com direito pela valorização da carreira e pela garantia de direitos. Basta boa vontade da gestão para cumprir a lei que garante a hora-atividade dos professores. Já a pauta dos administrativos está estagnada; a carreira precisa evoluir”, afirmou.

Antes da deflagração da greve, a mobilização já vinha se intensificando. Na terça-feira (6), servidores realizaram um ato público em frente à sede da prefeitura, levando faixas e cartazes com cobranças à administração municipal. Na manhã desta quarta, outro protesto reuniu dezenas de profissionais, reforçando a adesão ao movimento paredista.

A paralisação terá início efetivo após o cumprimento do prazo legal de 72 horas do aviso enviado à gestão. Conforme o Sintet, a greve só será encerrada quando houver abertura real de negociação e apresentação de soluções concretas por parte da prefeitura.

Até o momento, a gestão municipal não se manifestou sobre o movimento grevista ou sobre as demandas apresentadas pelos profissionais da educação.

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