Jovem indígena encontrada morta pode ter sido agredida, abusada e queimada ainda viva
Corpo de Harenaki Javaé, de 18 anos, foi localizado durante festa na Ilha do Bananal. Funai cobra investigação rigorosa e Polícia Civil apura o caso como possível feminicídio.
FORMOSO DO ARAGUAIA – Um crime brutal chocou a comunidade da Aldeia Canuanã, na Ilha do Bananal, neste fim de semana. O corpo parcialmente carbonizado de uma jovem indígena, identificada como Harenaki Javaé, de 18 anos, foi encontrado na noite de sábado, 6, durante uma festa tradicional.
Segundo a Polícia Militar, o corpo foi localizado por uma enfermeira nas proximidades da aldeia. A perícia e o Instituto Médico Legal (IML) de Gurupi foram acionados para remover o corpo e iniciar as investigações.
Relatos de moradores da comunidade indicam que a jovem pode ter sido agredida, abusada sexualmente e queimada ainda com vida, o que levou a Polícia Civil a tratar o caso como um possível feminicídio.
A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) emitiu uma nota de repúdio, classificando o ato como inaceitável e exigindo uma investigação rigorosa para a responsabilização dos culpados. A Funai destacou que nenhuma forma de violência, especialmente contra mulheres indígenas, pode ser tolerada.
A investigação está sob a responsabilidade da 84ª Delegacia de Formoso do Araguaia. O corpo foi encaminhado para exames de necropsia para confirmar a identidade e determinar a causa exata da morte.
A comunidade Javaé, abalada pela violência, cancelou as festividades em sinal de luto e cobra justiça. Lideranças locais pedem providências urgentes para garantir a proteção das mulheres e crianças na Ilha do Bananal.

