Debate sobre o ZEE-TO continua na Assembleia com nova reunião entre deputado Olyntho Neto e setor produtivo
Olyntho Neto (Republicanos) reuniu produtores de Araguaína e do Bico do Papagaio para discutir o projeto, que foi retirado pelo governo após pressão. Deputado defende audiências públicas para aprofundar a discussão.
PALMAS – O debate sobre o futuro Zoneamento Ecológico-Econômico do Tocantins (ZEE-TO) continua na Assembleia Legislativa. Nesta quarta-feira, 20, o deputado estadual Olyntho Neto (Republicanos) promoveu uma nova reunião com representantes do setor produtivo de Araguaína e da região do Bico do Papagaio para discutir a proposta.
O encontro ocorre dias após o governador Wanderlei Barbosa determinar a retirada do projeto de lei da Casa, cedendo à forte pressão do agronegócio, que considerou o texto original prejudicial ao desenvolvimento econômico do estado.
Olyntho, que se posicionou como um intermediador entre os produtores e o poder público, afirmou que o objetivo é construir uma proposta que equilibre preservação ambiental e crescimento. “Desde quando o ZEE entrou em debate, eu tenho feito a ponte entre o setor produtivo e o poder público”, destacou o parlamentar.
Presente na reunião, o diretor da Secretaria de Planejamento (Seplan), Rodrigo Sabino, confirmou que o projeto foi retirado para ajustes, reforçando a fala do governador de que o texto será “reconstruído de maneira que não iniba a produção”.
Defensor da retirada da matéria original, Olyntho Neto agora propõe a realização de audiências públicas para garantir mais transparência e participação social na construção do novo ZEE. “Enquanto parlamentar, lutarei para que o zoneamento só vire lei depois de ser exaustivamente estudado […] com a garantia de que as reivindicações e interesses legítimos do setor produtivo sejam, efetivamente, contemplados”, garantiu o deputado.
O ZEE funciona como um “plano diretor” para o estado, definindo áreas de produção e de preservação. A versão inicial do projeto foi alvo de diversas reuniões e críticas até o governo decidir por sua reformulação.