Quarto acusado pelo assassinato do advogado Danilo Sandes é condenado a 32 anos de prisão
Quarto acusado pelo assassinato do advogado Danilo Sandes é condenado a 32 anos de prisão
O cabo da Polícia Militar do Pará, João Oliveira Santos Júnior, quarto e último acusado pelo assassinato do advogado Danilo Sandes, foi condenado a 32 anos de prisão em regime fechado. A sentença foi proferida durante julgamento no Tribunal do Júri em Araguaína. Ele foi apontado como o executor do crime, ocorrido em julho de 2017, em um caso que chocou a cidade e mobilizou a comunidade jurídica.
De acordo com as investigações, o crime foi motivado por uma disputa em um inventário no valor de R$ 7 milhões. Danilo Sandes, advogado responsável pelo processo, foi contratado para administrar a divisão de bens da família de Robson Barbosa da Costa, que encomendou o homicídio após discordar das decisões judiciais que envolviam a venda de propriedades.
Danilo deixou o caso após os herdeiros terem a intenção de sonegar bens e valores do processo de inventário. Danillo ingressou com ação judicial cobrando a dívida e obteve decisão que o obrigou o farmacêutico a vender um caminhão para quitar a dívida..
Detalhes do crime
Danilo Sandes desapareceu em 25 de julho de 2017, após sair de seu escritório. Dias depois, seu corpo foi encontrado em uma área rural do município de Filadélfia, com sinais de execução. Durante as apurações, foi revelado que Robson Barbosa contratou os policiais militares João Oliveira Santos Júnior, Wanderson Silva de Souza e Rony Macedo Alves Paiva para executar o crime.
Julgamentos anteriores
Robson Barbosa, identificado como o mandante do crime, foi condenado a mais de 39 anos de prisão em regime fechado. Os policiais Wanderson e Rony também foram sentenciados anteriormente a 32 anos cada. A condenação de João Oliveira encerra o ciclo de julgamentos do caso, que ficou marcado pela brutalidade e pela repercussão entre os profissionais do Direito.
Repercussão
A condenação dos envolvidos foi vista como um marco na luta por justiça, especialmente em casos envolvendo crimes contra advogados no exercício da profissão. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) se manifestou, destacando a importância do desfecho do caso para a valorização e segurança dos profissionais da área jurídica.
Danilo Sandes era reconhecido pela sua atuação profissional e pela dedicação à advocacia. Sua morte gerou comoção em Araguaína, onde ele era querido pela comunidade. O caso também chamou atenção para a necessidade de maior proteção a advogados em situações de conflito judicial.