Polícia Civil deflagra Operação Unfollow contra divulgação de imagens íntimas de líder religioso
A Polícia Civil do Tocantins deflagrou, na manhã desta terça-feira (11), a Operação Unfollow, cumprindo mandados de busca e apreensão em Paraíso do Tocantins e Palmas. A ação tem como objetivo identificar e responsabilizar os envolvidos na divulgação indevida de imagens íntimas de um líder religioso da cidade de Paraíso, além da disseminação de informações falsas contra ele.
Manipulação e exposição na internet
De acordo com a 6ª Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado (DEIC – Paraíso do Tocantins), o crime foi orquestrado por um ex-membro de uma instituição religiosa, que estaria insatisfeito com a administração e com o sacerdote responsável.
📌 O suspeito, de 26 anos, criou um perfil falso em redes sociais, se passando por uma garota de programa para enganar a vítima e convencê-la a enviar imagens íntimas.
📌 Em seguida, o material foi divulgado em portais de notícias na internet, com o intuito de desmoralizar o líder religioso e a instituição.
📌 Além disso, o autor ainda acusou falsamente a vítima de um crime que nunca ocorreu.
Mandados e confissão dos crimes
Durante a operação, os mandados de busca e apreensão foram cumpridos na casa do criador do perfil falso, em Palmas, e no endereço do responsável pela divulgação das imagens, em Paraíso.
📌 O autor do perfil falso confessou os crimes no momento da abordagem.
📌 Ambos os investigados, homens de 26 e 39 anos, podem ser indiciados pelos crimes de divulgação de imagem íntima não autorizada e calúnia qualificada, com penas que podem chegar a 11 anos de reclusão.
Operação Unfollow
Segundo a Polícia Civil, o nome da operação faz referência ao termo “deixar de seguir”, simbolizando o rompimento entre os envolvidos e a comunidade religiosa.
🗣️ “A criação de perfis falsos em redes sociais não impediu a identificação dos responsáveis. As investigações seguem para esclarecer a participação de mais pessoas no crime”, afirmou o delegado Antônio Onofre Oliveira da Silva Filho.
Após a análise do material apreendido (dispositivos eletrônicos), as provas serão encaminhadas ao Ministério Público e ao Poder Judiciário, para que as medidas legais necessárias sejam adotadas