Megaoperação prende cinco e desarticula quadrilha envolvida em ataques a bancos e tráfico em Araguaína, Altamira e Imperatriz
A Polícia Federal e a Polícia Civil do Tocantins deflagraram, nesta quarta-feira (4), uma megaoperação para desarticular uma organização criminosa envolvida em crimes contra instituições financeiras, comércio ilegal de armas de fogo, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Batizada de Operação Cerberus, a ação teve como foco a região norte do estado e contou com apoio de diversas forças de segurança.
Ao todo, foram cumpridos 31 mandados de busca e apreensão e 5 mandados de prisão expedidos pela 1ª Vara Criminal de Araguaína. As ordens judiciais foram executadas em Araguaína, Wanderlândia, Altamira (PA) e Imperatriz (MA).
Segundo a Polícia Federal, os investigados, residentes principalmente em Araguaína, são suspeitos de planejar e executar ações criminosas violentas contra instituições financeiras, além de ocultar e lavar valores obtidos com os crimes.
Já as investigações da Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado (DEIC) e da Delegacia Especializada na Repressão a Narcóticos (DENARC) identificaram que um estabelecimento comercial de venda de armas, situado em Araguaína, servia como ponto de fornecimento ilegal de armamento para criminosos com envolvimento no tráfico de drogas. A loja está atualmente com as atividades suspensas por ordem judicial.
A operação contou com a participação de mais de uma dezena de instituições, incluindo a Receita Estadual, o Exército Brasileiro, a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO/TO) e a Polícia Militar do Tocantins, por meio do Grupo de Operações com Cães (GOC).
Três cabeças do crime
O nome Cerberus faz referência ao cão de três cabeças da mitologia grega, que guardava os portões do mundo dos mortos. A escolha simboliza a tríade de crimes atribuída ao grupo investigado – ataques a instituições financeiras, tráfico de drogas e comércio ilegal de armas – além da união entre as forças de segurança na repressão aos delitos.
As investigações seguem em andamento para identificar todos os envolvidos e aprofundar a apuração das práticas criminosas. Os presos serão indiciados conforme as evidências reunidas ao longo das diligências.