Médico condenado por matar ex-mulher estrangulada é preso após STF negar último recurso
O mandado de prisão contra o médico Álvaro Ferreira da Silva, condenado pelo assassinato da ex-mulher Danielle Lustosa, foi cumprido na manhã desta sexta-feira (19) enquanto ele recebia atendimento em uma clínica em Palmas. Em 2022, ele foi sentenciado a mais de 21 anos de prisão, mas foi solto após menos de um mês do julgamento, mediante o uso de tornozeleira eletrônica.
Esta semana, um novo mandado de prisão foi expedido depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou seu último recurso. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), os policiais cumpriram a ordem judicial enquanto o médico estava em tratamento de saúde. “A Secretaria da Segurança Pública do Tocantins informa que a equipe da Delegacia Especializada de Polícia Interestadual, Capturas e Desaparecidos (POLINTER – Palmas) acabou de dar cumprimento ao mandado de prisão em desfavor de Álvaro Ferreira da Silva”, comunicou a secretaria em nota.
Ainda segundo a SSP, o hospital informou que o médico precisará ficar internado por alguns dias para receber uma medicação. Durante esse período, ele será monitorado por policiais e, em seguida, transferido para o sistema penal.
A defesa do médico declarou, em nota, que Álvaro está enfrentando problemas de saúde e que aguardam “apreciação do pedido da defesa para manutenção de prisão domiciliar humanitária”. (Veja nota completa abaixo)
Recorreu da condenação
O corpo da professora Danielle Lustosa foi encontrado em 18 de dezembro de 2017, em sua casa, com sinais de estrangulamento. Após o crime, Álvaro ficou foragido por um mês, sendo capturado após a polícia rastrear uma selfie que ele postou nas redes sociais. Depois de um longo processo, ele foi julgado e condenado em abril de 2022. Álvaro ficou preso por um mês até conseguir uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que lhe permitiu recorrer em liberdade. Desde então, ele continuou trabalhando e atendendo normalmente em hospitais públicos de Palmas.
Durante o julgamento, os jurados concluíram que o crime teve quatro qualificadoras, incluindo feminicídio. O assassinato teria sido motivado por vingança, após Danielle denunciar a violação de uma medida protetiva no dia anterior ao crime, quando Álvaro a agrediu e tentou esganá-la.