Irmão de professor entrega HD externo à polícia com vídeos de alunas bebendo suposto ‘chá’ com sêmen

Um desdobramento significativo marcou a investigação sobre o professor de canto Hallan Richard Morais, preso preventivamente no Tocantins sob a acusação de oferecer um suposto ‘chá’ contendo sêmen a suas alunas. O irmão do suspeito entregou voluntariamente à Polícia Civil um HD externo que, segundo seu relato, contém vídeos das jovens ingerindo a bebida, além de outros materiais ilícitos. Esta entrega representa uma peça potencialmente crucial para o inquérito policial, podendo fortalecer as evidências contra Hallan, que alegava oferecer o líquido para melhorar as cordas vocais das estudantes.

A Descoberta e a Entrega Voluntária

A descoberta do dispositivo de armazenamento ocorreu no quarto do professor, localizado na residência onde ele mora com os pais em Luzimangues, distrito de Porto Nacional. Conforme consta no Termo de Declaração acessado pelo portal G1, o irmão do suspeito relatou à delegada responsável que realizou buscas no cômodo e encontrou o HD externo sobre uma escrivaninha. Movido pela gravidade da situação e pelo conteúdo que viria a encontrar, ele tomou a iniciativa de levar o material às autoridades.
A entrega formal do HD externo aconteceu no sábado (26), na Central de Atendimento à Mulher, em Palmas. Este ato voluntário do familiar é um elemento central na narrativa atual do caso, demonstrando uma colaboração ativa com a investigação policial em curso e distanciando a família das ações imputadas a Hallan Richard Morais.

Conteúdo Chocante Revelado

Ao verificar o conteúdo do HD antes de entregá-lo, o irmão do professor se deparou com materiais perturbadores. Ele identificou pelo menos quatro vídeos que mostram mulheres, supostamente alunas, ingerindo o líquido oferecido por Morais. Além dessas gravações, o dispositivo continha um vídeo do próprio professor se masturbando enquanto filmava crianças em um lote vago, diversas fotos de mulheres em locais variados de Luzimangues e múltiplas pastas nomeadas de forma a indicar conteúdo ilícito. A natureza exata de todo o material ainda será detalhada pela perícia técnica, mas o relato inicial já aponta para a existência de provas contundentes relacionadas não apenas ao caso do ‘chá’, mas potencialmente a outros crimes.

Família Repudia Atos e Colabora com Justiça

A família de Hallan Richard Morais manifestou-se publicamente por meio de uma nota de repúdio divulgada nas redes sociais. No comunicado, os familiares afirmam repudiar veementemente as condutas ilícitas atribuídas ao professor, expressando profundo sofrimento com a situação e solidarizando-se com as possíveis vítimas e seus familiares. A nota reforça o desejo de que a justiça seja feita. O irmão, que atua como empresário, também esclareceu em outra nota que qualquer associação de sua empresa ao nome de Hallan Richard se referia a serviços prestados pontualmente em 2023, e que o professor estava afastado de suas atividades desde então. Essa postura pública, somada à entrega do HD, sinaliza um claro distanciamento familiar dos atos investigados e um apoio à elucidação dos fatos.

Investigação Aprofundada e Prisão Mantida

Com a entrega do HD externo, a investigação, conduzida pela 72ª Delegacia de Polícia do Distrito de Luzimangues, ganha um novo fôlego. O material apreendido será submetido à análise pericial para validação e detalhamento do conteúdo. Hallan Richard Morais permanece preso preventivamente na Unidade Penal de Porto Nacional, após ter sua prisão em flagrante convertida. A decisão judicial que manteve a prisão destacou o risco que a liberdade do suspeito representaria para as vítimas e para a ordem pública, mencionando ainda que ele já é investigado em outro caso por estupro de vulnerável.

Com informações do G1.

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