Ex-secretário de Educação do Tocantins é preso pela PF durante operação contra corrupção e fraudes em licitações

Prisões ocorreram em Palmas durante a oitava fase da Operação Overclean; grupo é suspeito de desviar milhões de reais em contratos públicos

A Polícia Federal prendeu, na manhã desta sexta-feira (31), o ex-secretário-executivo de Educação do Tocantins, Éder Martins Fernandes, em Palmas, durante a oitava fase da Operação Overclean. A ação investiga um esquema de fraudes em licitações, corrupção e desvio de recursos públicos em vários estados, com foco em contratos firmados no Tocantins.

De acordo com a PF, Éder foi detido junto com Danilo Pinto da Silva, ambos suspeitos de tentar monitorar a movimentação da própria corporação para se antecipar às operações e alertar comparsas sobre o cumprimento de mandados. A dupla teria observado a sede da Superintendência da PF em Palmas, acompanhando deslocamentos de equipes e possíveis sinais de deflagração de novas fases.

As prisões foram realizadas por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), após a PF identificar indícios de embaraço às investigações. Além dos mandados cumpridos na capital tocantinense, houve também buscas em São Paulo, Gurupi (TO) e no Distrito Federal.

Operação Overclean

A operação é um desdobramento de um inquérito que apura a atuação de uma organização criminosa interestadual responsável por manipular licitações, desviar recursos de emendas parlamentares e lavar dinheiro por meio de empresas de fachada. Segundo estimativas da PF, o grupo teria movimentado cerca de R$ 1,4 bilhão por meio de contratos públicos superfaturados e obras irregulares.

Entre os alvos desta e de fases anteriores estão Claudinei Aparecido Quaresemin, ex-secretário extraordinário de Parcerias e Investimentos e sobrinho do ex-governador Mauro Carlesse; Ítallo Moreira de Almeida, ex-diretor administrativo da Seduc e da Secretaria de Educação de Goiânia; e Luiz Cláudio Freire de Souza França, advogado e atual secretário-geral do partido Podemos.

Segundo as investigações, o grupo possuía uma estrutura hierárquica organizada, com divisão de funções que envolvia desde a manipulação de editais e pagamentos indevidos até a ocultação de valores em contas de laranjas e empresas fantasmas.

A Polícia Federal informou que os envolvidos poderão responder por organização criminosa, corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitações e lavagem de dinheiro.

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