Dupla é indiciada por roubo e extorsão contra motorista de aplicativo em Araguaína
A Polícia Civil do Tocantins concluiu o inquérito e indiciou dois homens por roubo, extorsão e estelionato contra um motorista de aplicativo em Araguaína. O crime aconteceu na madrugada de 19 de julho de 2024, quando a vítima foi rendida e mantida refém por horas enquanto os criminosos circulavam pela cidade.
O crime
Segundo a investigação da Delegacia Especializada de Repressão a Roubos (DRR – Araguaína), os suspeitos, identificados pelas iniciais K.J.P.S. e M.A.A., embarcaram no carro da vítima em frente a um bar próximo ao Parque de Exposições, pouco depois da meia-noite. Eles pediram para ser levados ao setor Sonhos Dourados, mas no caminho, ao passarem pela Vila Cearense, anunciaram o assalto.
A vítima foi rendida, amarrada e teve a cabeça coberta por uma camisa preta. Um dos criminosos assumiu o volante e dirigiu em direção a Nova Olinda, mas, temendo a presença da Polícia Rodoviária Federal, voltaram para Araguaína. O motorista foi levado para uma construção, onde foi ameaçado e forçado a fazer uma transferência de R$ 100 via pagamento por aproximação. Além disso, os criminosos roubaram R$ 30 em espécie e fugiram, deixando a vítima presa no local.
Antes de irem embora, ainda disseram para ele esperar até de manhã para recuperar o celular, que supostamente seria deixado na construção.
Prisão e investigações
A vítima conseguiu se soltar algum tempo depois e procurou a 5ª Central da Polícia Civil, em Araguaína. No mesmo dia, os dois suspeitos foram presos pela Polícia Militar no Maranhão, entre as cidades de Imperatriz e Açailândia, por receptação de veículo. Eles confessaram que haviam roubado o carro em Araguaína e pretendiam levá-lo para Santa Luzia do Tide (MA).
Com o aprofundamento das investigações, a Polícia Civil reuniu provas suficientes para indiciar K.J.P.S. e M.A.A. pelos crimes praticados contra o motorista de aplicativo. O inquérito foi encaminhado ao Poder Judiciário, com vistas ao Ministério Público, para as providências legais.
Polícia esclarece o caso
O delegado Fellipe Crivelaro, responsável pelo caso, destacou a gravidade das ações cometidas pelos suspeitos, que usaram um terceiro para chamar o carro, enganando a vítima e mantendo-a sob ameaças por várias horas.
“As condutas perpetradas pelos dois envolvidos nesse caso são de natureza grave. A atuação da DRR trouxe uma resposta satisfatória à vítima e a toda a sociedade”, frisou o delegado.
Com o indiciamento dos suspeitos, agora o caso segue para análise da Justiça, que pode determinar as penas para os envolvidos.