MPTO recomenda pavimentação urgente da rodovia TO-126 para garantir mobilidade e inclusão socioeconômica
O Ministério Público do Tocantins (MPTO), por meio da 1ª Promotoria de Justiça de Tocantinópolis, recomendou ao Governo do Estado a pavimentação de um trecho de 36 quilômetros da rodovia TO-126, que liga o povoado de Ribeirão Grande ao município de Maurilândia do Tocantins. A recomendação, expedida na última segunda-feira, 14, destaca a necessidade urgente das obras devido ao impacto causado pelo colapso da Ponte Juscelino Kubitschek, na BR-226, em dezembro de 2024.
TO-126: uma rodovia estratégica
A rodovia TO-126 é crucial para conectar o norte do Tocantins ao Maranhão, especialmente após a perda da ligação pela BR-226 entre Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Atualmente, o aumento do fluxo e a falta de pavimentação comprometem a trafegabilidade, prejudicando veículos de pequeno porte e caminhões, além de dificultar o transporte de cargas e a circulação de pessoas.
A situação precária da rodovia também agrava os desafios enfrentados pelas comunidades indígenas da Terra Apinajé, impactando serviços essenciais como saúde, transporte escolar e recolhimento de lixo. Lideranças indígenas, em audiências públicas e visitas ao local, manifestaram apoio à pavimentação como forma de minimizar esses problemas.
Providências solicitadas
O MPTO determinou que o Governo do Estado apresente, em até 15 dias, informações detalhadas sobre orçamento, estudos, licenciamento ambiental e cronograma de execução. O prazo para conclusão das obras é de 10 meses.
Além de facilitar a mobilidade regional, a pavimentação da TO-126 reduziria a sobrecarga em outras rodovias estaduais, como a TO-134 e a TO-201, e diminuiria a dependência de travessias por balsas, promovendo eficiência logística e maior integração social e econômica no Bico do Papagaio.
Impacto na inclusão socioeconômica
De acordo com o MPTO, a pavimentação é fundamental para garantir a inclusão de uma das regiões mais vulneráveis do Tocantins. “A conclusão da obra é essencial não apenas para a logística, mas para assegurar o acesso a direitos básicos e o desenvolvimento socioeconômico da região”, reforça o documento.
O Governo do Estado ainda não se manifestou sobre a recomendação, mas a expectativa é que as ações sejam priorizadas para atender às demandas da região e minimizar os impactos do colapso viário no norte do Tocantins.