Após mais de 40 pix de centavos com mensagens para ex, homem é preso em Araguaína
Um homem de 27 anos foi preso preventivamente em Araguaína, no norte do Tocantins, após descumprir diversas vezes medidas protetivas de urgência concedidas à sua ex-namorada. A prisão foi realizada na tarde desta quarta-feira (18), no Setor Tocantins, durante operação da Polícia Civil.
Segundo o Ministério Público do Tocantins (MPTO), o acusado utilizava diversos meios para manter contato e perseguir a vítima, mesmo após a separação. Entre as formas de assédio, estão mais de 40 transferências via pix, geralmente de valores simbólicos — como dois centavos — acompanhadas de mensagens com o intuito de intimidar ou restabelecer contato.
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As medidas protetivas estavam em vigor desde o ano passado. Mesmo após a aplicação de multas e advertências judiciais, o homem persistiu no comportamento, o que levou à sua prisão. O MP apontou que as sanções anteriores foram ineficazes e que a monitoração eletrônica não seria suficiente para coibir o assédio, já que o agressor utilizava meios virtuais para manter a perseguição.
A Justiça, ao decretar a prisão preventiva, destacou o “risco à ordem pública” e a “gravidade concreta” da conduta. O acusado já responde a cinco inquéritos policiais por descumprimento de medidas protetivas e, segundo os autos, mantinha uma atuação reiterada, perturbando a integridade psicológica da vítima.
O caso voltou a ganhar atenção após a vítima procurar a delegacia no último dia 12 de junho e relatar novas tentativas de contato. No mesmo dia, foi registrado boletim de ocorrência e o material foi enviado ao Ministério Público, que emitiu parecer favorável à prisão.
Com o mandado expedido, o investigado foi localizado, preso e levado à sede da 5ª Central de Atendimento da Polícia Civil, onde teve a prisão ratificada. Ele foi encaminhado à Unidade Penal Regional de Araguaína, onde permanece à disposição da Justiça.
A Justiça também determinou que a Patrulha Maria da Penha realize acompanhamento preventivo da vítima.
A Polícia Civil reforça que casos de violência doméstica devem ser denunciados imediatamente para que medidas urgentes sejam adotadas e o ciclo de violência interrompido.