UTI pediátrica do Hospital Municipal de Araguaína atinge 100% de ocupação com o aumento de doenças respiratórias

As unidades de saúde infantil de Araguaína enfrentam uma alta demanda por atendimentos com o avanço das doenças respiratórias no início de 2025. O Hospital Municipal de Araguaína (HMA) e o Pronto Atendimento Infantil (PAI), ambos geridos pelo Instituto Saúde e Cidadania (ISAC), operam com reforço de equipes e leitos ocupados, diante da antecipação do pico sazonal dessas enfermidades.

No HMA, todos os 45 leitos — sendo 10 de UTI Pediátrica e seis de estabilização — estão ocupados. A unidade é referência para casos graves em crianças de até 12 anos e também recebe pacientes vindos do PAI, da rede particular e de outras cidades do Tocantins. Cirurgias cardíacas e urológicas seguem sendo realizadas, conforme explicou a diretora técnica do hospital, Elena Medrado.

“Na UTI e nos leitos de estabilização, a prioridade é para os pacientes que continuam passando por cirurgias… e, em muitas situações, os pacientes precisam ser reavaliados pela equipe de cirurgia pediátrica do município”, disse.

Já no PAI, os atendimentos chegaram a uma média de 190 a 200 por dia, o dobro do volume registrado fora do período de sazonalidade. Doenças como pneumonia com derrame pleural e bronquiolite têm exigido suporte ventilatório em muitos casos. A unidade reforçou o plantão com mais médicos e profissionais de enfermagem.

A secretária municipal de Saúde, Ana Paula Abadia, destacou que o aumento na procura é cíclico e que a Prefeitura está monitorando de perto o cenário. “Estamos atentos caso surja a necessidade de implementarmos novas ações que assegurem o acolhimento humanizado e a contento das nossas crianças”, afirmou.

Fatores de risco

De acordo com a Secretaria de Saúde, o período chuvoso e a maior circulação de pessoas, especialmente após o retorno às aulas, favorecem a propagação de doenças virais, como a gripe, covid-19 e dengue. Crianças com até seis anos estão entre as mais vulneráveis. A orientação para esse público inclui manter vacinação em dia — disponível nas 22 UBS da cidade —, evitar aglomerações, usar máscaras em locais fechados e manter a hidratação.

Sinais de alerta que indicam a necessidade de buscar atendimento emergencial são: febre persistente (por mais de dois dias), vômitos, diarreia, falta de ar e ausência de apetite. Para recém-nascidos com menos de 28 dias, qualquer episódio de febre já justifica atendimento médico.

As unidades seguem com esquemas especiais de plantão e revezamento de equipes para garantir assistência, enquanto os gestores buscam alternativas para ampliar a capacidade de resposta diante da demanda crescente.

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