Suspeita de intoxicação por metanol após consumo de bebida destilada é investigada no Tocantins
Homem de Palmas está internado no Hospital Geral e aguarda resultado de exames; Ministério da Saúde já contabiliza mais de 130 notificações no país
Um caso suspeito de intoxicação por metanol está sendo investigado no Tocantins, após um morador de Palmas dar entrada em hospital com sintomas característicos da substância. A informação foi confirmada neste sábado (18) pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO).
O paciente, que não teve a idade divulgada, relatou ter ingerido bebida destilada em casa e, horas depois, começou a apresentar dores intensas, náusea, vômitos, falta de ar e visão turva. Ele está internado no Hospital Geral de Palmas (HGP) e aguarda a conclusão dos exames laboratoriais que devem confirmar ou descartar a presença de metanol no organismo.
Risco grave à saúde
De acordo com especialistas, o metanol é um álcool de uso industrial, empregado em solventes, combustíveis e produtos químicos. É altamente tóxico quando ingerido. No organismo, o fígado transforma o metanol em substâncias que atacam o sistema nervoso central, a medula, o nervo óptico e órgãos vitais como rins e pulmões. A ingestão pode causar cegueira, coma e até morte.
Situação nacional
Conforme boletim atualizado do Ministério da Saúde, o Brasil soma 133 notificações de intoxicação por metanol neste ano, sendo 46 casos confirmados e 87 ainda em investigação. Outras 528 ocorrências foram descartadas.
Os casos confirmados estão distribuídos por quatro estados:
- São Paulo (38)
- Paraná (4)
- Pernambuco (3)
- Rio Grande do Sul (1)
Entre os casos sob investigação, o maior número também é de São Paulo (44), seguido de Pernambuco (23), Rio de Janeiro (6), Piauí (3), Mato Grosso do Sul (2), Goiás (2), Paraná (2), Bahia (1), Espírito Santo (1), Minas Gerais (1), Paraíba (1) e Tocantins (1).
O levantamento aponta dez mortes confirmadas: oito em São Paulo e duas em Pernambuco. Outros oito óbitos seguem em análise em diferentes estados.
A SES-TO informou que o caso tocantinense ainda está em fase inicial de apuração, e que o paciente segue sob cuidados médicos, com o quadro estável. O órgão reforçou a orientação para que a população evite o consumo de bebidas de origem duvidosa ou sem registro de procedência.