Professor suspeito de adulterar bebida de alunas com sêmen tem prisão convertida para preventiva

O professor de canto de 26 anos, preso em flagrante na última sexta-feira (25), teve a prisão convertida para preventiva durante audiência de custódia realizada na manhã deste domingo (27). Ele é investigado por oferecer a alunas uma bebida adulterada com sêmen, sob o pretexto de melhorar a garganta e a dicção vocal.

De acordo com a Polícia Militar, o caso foi registrado após uma das vítimas desconfiar da alteração no líquido servido pelo professor e acionar a polícia. Segundo as investigações, o suspeito atuava como professor de canto e instrumentos musicais e teria oferecido o suposto “chá” às estudantes sem informar sobre a adulteração. A PM informou ainda que ele filmava as vítimas sem o consentimento delas enquanto ingeriam a bebida.

Durante a abordagem, dois frascos contendo a substância e um celular que estaria sendo usado para gravações foram apreendidos. Conforme a Polícia Militar, o professor confessou a prática e afirmou ter mais cinco vítimas, incluindo uma menor de idade. A substância recolhida foi encaminhada para análise pericial, que deverá confirmar se trata-se de sêmen.

A decisão que manteve o suspeito preso é assinada pelo juiz Willian Trigilio da Silva. No documento, o magistrado afirma que, diante das provas reunidas, a liberdade do investigado representa risco concreto à ordem pública e às vítimas, descartando a possibilidade de concessão de medidas cautelares alternativas.

“Não se trata de presumir a culpa, mas sim de reconhecer a presença de um risco razoavelmente fundamentado e lançar mão da medida extrema de restrição de liberdade para preservar a ordem pública”, destacou o juiz na decisão.

A audiência também revelou que o investigado já possui antecedente criminal, sendo alvo de inquérito por estupro de vulnerável. Esse fator também pesou na manutenção da prisão preventiva. “O autuado demonstra estar habituado a transgredir os bens jurídicos salvaguardados pelo Direito Penal”, afirmou o magistrado.

O professor foi encaminhado para a Unidade Penal de Porto Nacional, onde permanecerá à disposição da Justiça. A Defensoria Pública, que representa o suspeito, foi procurada para comentar o caso, mas não se manifestou até o momento da publicação desta reportagem.

As vítimas e testemunhas foram levadas à Casa da Mulher Brasileira para os procedimentos legais cabíveis. O caso segue sendo investigado pela Polícia Civil.

Com informações do G1*

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