Polícia conclui inquérito e indicia motorista por homicídio qualificado com dolo eventual em acidente que matou Maria Alice na BR-153

A Polícia Civil concluiu o inquérito que apura o acidente que matou Maria Alice Guimarães da Silva, de 25 anos, no último dia 22 de março, na BR-153, perímetro urbano de Araguaína. A investigação foi conduzida pela 2ª Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que indiciou Vitor Gomes Alves de Paula, de 21 anos, por homicídio qualificado com dolo eventual, por perigo comum e por meio que impossibilitou defesa da vítima.

Maria Alice foi atingida na traseira da motocicleta que pilotava por uma BMW a cerca de 200 km/h, em um trecho onde o limite de velocidade varia entre 60 e 80 km/h. A jovem, que seguia para o trabalho, morreu no local. Ela deixou dois filhos, de seis meses e nove anos.

O veículo envolvido no acidente pertence ao procurador-geral do município de Araguaína, Gustavo Fidalgo e Vicente. No entanto, ele não estava no carro no momento da colisão. O filho dele, Gustavo Fidalgo, de 20 anos, estava no banco do passageiro e foi autuado por entregar a direção do veículo a pessoa não habilitada — no caso, Vitor Gomes.

Durante a investigação, a equipe da DHPP, coordenada pelo delegado Breno Eduardo Campos Alves, identificou que os ocupantes do carro haviam saído de uma boate na mesma madrugada. Imagens obtidas mostram o trio consumindo bebida alcoólica. Vitor, segundo a Polícia, usava uma pulseira rosa semelhante às utilizadas no evento. Além disso, vídeos de câmeras de segurança mostraram o momento exato do impacto, evidenciando que a vítima foi arremessada no ar.

O delegado Charles Marcelo de Arruda, que realizou o flagrante, apontou desde o início indícios de que Vitor dirigia sob efeito de álcool, em velocidade extrema e sem qualquer tentativa de frear. Ele foi autuado ainda no dia do acidente e teve a prisão convertida em preventiva pela Justiça, permanecendo na Unidade Penal de Araguaína.

A conclusão do inquérito reforça a tese de que o motorista assumiu o risco de provocar a morte, configurando dolo eventual. “Foi uma ampla investigação. A Polícia Civil, através da Divisão de Homicídios, é a instituição que traz respostas para famílias e para a comunidade, que promove a justiça através da investigação”, afirmou o delegado Breno Campos.

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