Ex-deputado de Goiás é preso no Rio suspeito de estuprar a própria filha de 2 anos

Prisão preventiva ocorreu após investigação de seis meses da Polícia Civil; defesa nega acusações

A Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (Dcav) prendeu nesta quarta-feira (1º) o médico e ex-deputado estadual de Goiás Iram de Almeida Saraiva Júnior, de 49 anos, suspeito de estupro de vulnerável contra a própria filha, de apenas 2 anos. A prisão aconteceu na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, onde ele residia.

Segundo a Polícia Civil, a investigação durou cerca de seis meses e reuniu indícios consistentes por meio de provas técnicas e entrevistas especiais com a criança, apontando o ex-parlamentar como autor dos abusos. A denúncia inicial foi feita em março deste ano pela creche onde a menina estudava e encaminhada à Dcav.

Detalhes da prisão

Durante a ação, além da prisão preventiva, os policiais cumpriram mandado de busca e apreenderam o celular de Iram, que será periciado. Ele foi conduzido para o sistema prisional do Rio, onde permanecerá à disposição da Justiça.

Iram é filho do ex-ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Iram Saraiva. Antes de atuar como médico em Niterói (RJ), ele também foi vereador em Goiânia.

Outras investigações

Além do caso de estupro de vulnerável, o ex-deputado é investigado por injúria e perseguição contra a ex-esposa, em inquérito conduzido pela 16ª Delegacia de Polícia (Barra da Tijuca). O procedimento já havia sido relatado e encaminhado ao Ministério Público, que solicitou diligências complementares.

Posição da defesa

Em nota, a defesa do médico negou todas as acusações. O advogado Alexandre Mallet afirmou que o exame de corpo de delito não encontrou sinais de violência e que exames realizados comprovariam que o investigado não possui herpes, doença que a mãe da criança afirmou ter sido transmitida à filha.

A defesa também destacou que Iram entregou as senhas de seus dispositivos eletrônicos para investigação e que nada de ilícito teria sido localizado.

“Desde o início, Iram se colocou à disposição das autoridades e tomou medidas para esclarecer os fatos. Ele mantém plena confiança no sistema de Justiça brasileiro e acredita que sua inocência será reconhecida ao final do processo”, afirmou o advogado.

Próximos passos

O caso seguirá para análise do Ministério Público e do Poder Judiciário, que decidirão sobre a continuidade da ação penal. Enquanto isso, Iram permanece detido preventivamente.

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