CPI na câmara de Palmas vai investigar concessão da BRK

Os vereadores de Palmas aprovaram a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar suspeitas de irregularidades no contrato de concessão do fornecimento de água e coleta de esgoto entre a prefeitura de Palmas e a empresa BRK Ambiental.

O requerimento para a comissão foi apresentado durante uma sessão extraordinária pelo vereador Eudes Assis (PSDB) e contou com assinatura da maioria dos parlamentares.

“É inaceitável uma empresa que explora o sistema de água dessa cidade, ganha milhões e milhões todos os meses, e nós ainda termos população no centro da nossa cidade e em uma área tão populosa e importante, como a região sul, não terem água potável”, disse no plenário.

O pedido foi aprovado e nesta quarta-feira (1º) os blocos parlamentares indicaram os vereadores que vão integrar a CPI.

O contrato de concessão dos serviços de água e esgoto já dura mais de 20 anos em Palmas. Neste período a concessionária deixou de ser uma sociedade de economista, sendo privatizada e vendida, mais de uma vez, até se tornar a atual BRK Ambiental.

A proposta da CPI é apurar suspeitas de irregularidades no período entre 1999 e 2021. Entre os problemas citados pelos parlamentares no plenário da Câmara estão os vazamentos de esgoto e suposto lançamento de dejetos em córregos e no lago de Palmas, assim como a taxa de coleta e tratamento de esgoto.

Nesta quarta-feira (1º) os blocos parlamentares indicaram os membros da comissão:

  • O bloco dos partidos PSD, União Brasil e Solidariedade indicou como membros titulares os vereadores Rubens Uchôa (União) e Rogério Freitas (PSD) e como suplentes Pedro Cardoso (União) e Marilon Barbosa (União).
  • O segundo bloco, formado pelos partidos Republicanos, Podemos PSB, PT, PTB, pela Federação PSDB/Cidadania e o vereador Nego (sem partido), indicou como titulares os vereadores Eudes Assis (PSDB), Solange Duailibe (PT) e Nego (Sem Partido). Os suplentes Júnior Brasão (PSB), Josmundo (Podemos) e Daniel Nascimento.

Polêmicas

 

A BRK Ambiental tem sido alvo de vários questionamentos por parte de órgãos de fiscalização ao longo dos últimos anos, principalmente por episódios de vazamento de esgoto em córregos e no próprio lago de Palmas. Eventos que sempre foram contestados pela concessionária.

Em 2018 a empresa também foi alvo de uma CPI da Assembleia Legislativa por supostas irregularidades na cobrança aos consumidores e crimes ambientais, entre outro. Um dos pontos mais questionados é têm sido o valor da taxa de esgoto que é de 80% sobre o valor da tarifa de água, o máximo permitido pela legislação.

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