Corpo de menina que morreu após comer ovo de Páscoa envenenado é enterrado em Imperatriz
Foi sepultado na tarde desta quarta-feira (23), no cemitério Bom Jesus, em Imperatriz (MA), o corpo da adolescente Evely Fernanda Rocha Silva, de 13 anos. Ela morreu na terça-feira (22), após complicações causadas por uma intoxicação grave, que resultou em choque vascular e falência múltipla de órgãos, segundo laudo médico.
Evely é a segunda vítima do caso que envolve o consumo de um ovo de Páscoa supostamente envenenado, recebido por sua família. O primeiro a morrer foi seu irmão, Luís Fernando Rocha Silva, de apenas 7 anos, que faleceu no último dia 17 de abril, poucas horas após ingerir o mesmo chocolate.
A despedida da adolescente foi marcada por forte comoção entre familiares e amigos. A mãe das crianças, Mirian Lira, que também chegou a ser internada na UTI após consumir o chocolate, recebeu alta temporária do hospital para acompanhar o velório e o enterro da filha. O pai das vítimas também esteve presente, mas não quis dar declarações.
Investigação e suspeita de envenenamento
A principal suspeita do crime é Jordélia Pereira Barbosa, de 35 anos. De acordo com a Polícia Civil do Maranhão, ela teria enviado o ovo de Páscoa envenenado motivada por ciúmes e desejo de vingança, após descobrir que seu ex-marido havia retomado um relacionamento com Mirian.
O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios de Imperatriz, que aguarda o resultado dos laudos periciais. O Instituto de Criminalística realiza exames em amostras biológicas das vítimas e do chocolate. Os resultados devem ser divulgados na próxima semana.
A Polícia informou que Jordélia e o ex-marido tiveram dois filhos e se separaram há dois anos. Em janeiro deste ano, ele reatou com Mirian, com quem havia namorado na adolescência. Segundo o depoimento do homem à polícia, Jordélia já havia ameaçado Mirian anteriormente.
Recuperação e incerteza
Em entrevista à TV Mirante, a operadora de caixa Mirian Lira relatou não saber como será a vida após a perda dos dois filhos. Ainda abalada, ela disse que vive um momento de dor profunda e busca forças para enfrentar o luto.
A Polícia segue investigando o caso como homicídio qualificado, e Jordélia Barbosa, que nega o crime, está presa preventivamente.