Tocantins tem o 3º maior custo por preso do Brasil, aponta levantamento

O Tocantins aparece entre os estados com o maior custo mensal para manter um preso, segundo dados do painel de monitoramento do sistema prisional. O levantamento aponta que o estado gasta, em média, R$ 4.088,05 por detento, valor que coloca o Tocantins na terceira posição do ranking nacional, atrás apenas da Bahia (R$ 4.367,55) e do Amazonas (R$ 4.199,99).

Por outro lado, estados como Espírito Santo apresentam valores significativamente menores. O estado capixaba tem o menor custo do país, gastando R$ 1.105,14 por preso – quase quatro vezes menos que o Tocantins.

Baixa população carcerária influencia no custo, diz governo

Diante dos números, a Secretaria de Estado da Cidadania e Justiça (Seciju) justificou que os valores refletem a baixa população carcerária do estado. O Tocantins tem atualmente 5.490 custodiados, sendo 4.016 no regime fechado/semiaberto, distribuídos em 25 unidades penais, além de 1.474 monitorados por tornozeleira eletrônica.

Outro ponto destacado pelo órgão foi que o cálculo do custo médio considerou apenas as duas principais unidades prisionais do estado, o que pode elevar os valores registrados no levantamento.

Custo de presos federais é 15 vezes maior

Apesar do alto custo dos presos estaduais, a realidade das penitenciárias federais no Brasil é ainda mais onerosa. O estudo aponta que um detento em presídios federais gera um custo mensal de R$ 40,8 mil ao governo federal, valor 15 vezes maior que a média dos presídios estaduais, que é de R$ 2.620,21 por preso.

Comparação entre estados

📌 Estados com maior custo mensal por preso:
1️⃣ Bahia – R$ 4.367,55
2️⃣ Amazonas – R$ 4.199,99
3️⃣ Tocantins – R$ 4.088,05

📌 Estados com menor custo mensal por preso:
Espírito Santo – R$ 1.105,14

Enquanto estados como Tocantins justificam o alto valor pelo número reduzido de presos e estrutura do sistema, o Espírito Santo argumenta que os números apresentados pelo levantamento não refletem a realidade e passam por ajustes.

A disparidade nos valores evidencia a complexidade da gestão penitenciária no país e levanta questionamentos sobre os critérios utilizados para calcular os custos.

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