Mounjaro no Tocantins será um dos mais caros no país; confira preços
O medicamento Mounjaro (tirzepatida), aprovado no Brasil para o tratamento do diabetes tipo 2 e em análise para obesidade, começará a ser comercializado em junho e terá um dos preços mais altos no Tocantins. Segundo a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), o valor do remédio no estado pode chegar a R$ 3.897,09, ficando atrás apenas do Piauí.
A precificação do medicamento varia conforme a dose e a quantidade de seringas na embalagem. O Tocantins, junto com Amazonas, Maranhão, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Roraima, aplica 20% de ICMS sobre o medicamento, o que eleva os valores.
Preços do Mounjaro no Tocantins
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Mounjaro 5 mg/ml, 2 seringas – R$ 1.948,55
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Mounjaro 5 mg/ml, 4 seringas – R$ 3.897,09
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Mounjaro 10 mg/ml, 2 seringas – R$ 1.948,55
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Mounjaro 10 mg/ml, 4 seringas – R$ 3.897,09
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Mounjaro 15 mg/ml, 2 seringas – R$ 1.948,55
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Mounjaro 15 mg/ml, 4 seringas – R$ 3.897,09
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Mounjaro 20 mg/ml, 2 seringas – R$ 1.948,55
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Mounjaro 20 mg/ml, 4 seringas – R$ 3.897,09
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Mounjaro 25 mg/ml, 2 seringas – R$ 1.948,55
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Mounjaro 25 mg/ml, 4 seringas – R$ 3.897,09
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Mounjaro 30 mg/ml, 2 seringas – R$ 1.948,55
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Mounjaro 30 mg/ml, 4 seringas – R$ 3.897,09
Como funciona o Mounjaro?
O Mounjaro tem como princípio ativo a tirzepatida, um duplo agonista que atua nos hormônios GLP-1 e GIP, responsáveis por controlar os níveis de açúcar no sangue e a saciedade. Esse mecanismo torna o medicamento mais potente do que o Ozempic (semaglutida), já comercializado para diabetes e obesidade.
Nos Estados Unidos, o Mounjaro já foi liberado para tratamento da obesidade pela Food and Drug Administration (FDA). Estudos indicam que o medicamento pode levar a uma perda de peso de até 15,3% do peso corporal em um ano, contra 8,3% da semaglutida (Ozempic/Wegovy).
No Brasil, o medicamento foi aprovado pela Anvisa em setembro de 2023 para tratar diabetes tipo 2, mas ainda aguarda liberação para o tratamento da obesidade.
Uso e efeitos colaterais
O remédio deve ser aplicado uma vez por semana, com doses progressivas de 2,5 mg até 15 mg. Entre os efeitos colaterais relatados estão náuseas, hipoglicemia e incômodos gastrointestinais. O tratamento deve ser feito com acompanhamento médico.
Impacto do alto preço
O custo elevado do Mounjaro pode dificultar o acesso ao medicamento para muitos pacientes no Tocantins. Até o momento, não há informações sobre sua inclusão no Sistema Único de Saúde (SUS) ou cobertura por planos de saúde.
A expectativa é que, com a comercialização do medicamento a partir de junho, haja discussões sobre possíveis políticas de subsídio ou inclusão no rol de medicamentos de cobertura obrigatória da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS)