Suspeitos do assassinato do advogado Danilo Sandes vão a júri popular em setembro

A Justiça rejeitou o pedido da defesa de dois acusados pela morte do advogado Danillo Sandes e confirmou a realização do júri popular para setembro deste ano. Os réus são o farmacêutico Robson Barbosa da Costa e o ex-policial militar do Pará João Oliveira Santos Júnior.

O crime ocorreu em julho de 2017 em Araguaína, no norte do Tocantins. Segundo as investigações, Sandes teria se recusado a participar de uma fraude relacionada a uma herança de R$ 7 milhões e a ajudar o farmacêutico a esconder parte do dinheiro dos demais herdeiros. Rony Marcelo Alves Paiva e Wanderson Silva de Sousa já foram condenados por envolvimento no assassinato.

A defesa de Robson e João solicitou a suspensão da sessão no Tribunal do Júri, argumentando que a decisão de pronúncia poderia ser alterada por instâncias superiores e que proceder com o julgamento violaria o devido processo legal. No entanto, o juiz Carlos Roberto de Sousa Dutra, da 1ª Vara Criminal de Araguaína, negou o pedido.

O julgamento está previsto para ocorrer entre os dias 24 e 26 de setembro, com o juiz ordenando o cumprimento de mandados para notificar as testemunhas listadas no processo.

O crime

Danilo  foi morto por causa da disputa por uma herança de R$ 7 milhões. A morte da vítima teria sido encomendada pelo farmacêutico e segundo apontaram as investigações da polícia na época. Ele era cliente do advogado e parte em uma ação de inventário. Também é acusado pelo crime João Oliveira Santos Júnior. Eles estão presos desde agosto de 2017.

Em 2022, outros dois acusados de envolvimento no crime, Rony Macedo Alves Paiva e Wanderson Silva de Sousa, foram condenados a 25 anos de prisão. Em junho de 2023, seis anos após o assassinado do advogado, as penas dos condenados aumentaram para 32 anos, após o Ministério Público recorrer da sentença.

Conforme o MPE, o descontentamento de Robson ocorreu durante o acerto dos honorários advocatícios. Danilo ingressou com ação judicial cobrando a dívida e obteve decisão que o obrigou o farmacêutico a vender um caminhão para quitar a dívida.

A partir daí, Robson teria passado a arquitetar a morte de Danillo. Segundo o MPE, Rony Macedo Alves Paiva foi o intermediário que contratou os dois pistoleiros, Wanderson Silva da Sousa e João Oliveira Santos Júnior, para executarem o advogado. Pelo crime, os policiais receberiam R$ 40 mil.

O advogado teria sido atraído com o pretexto de que queriam fazer um inventário no valor de R$ 800 mil, além de imóveis e gado na região de Filadélfia. No dia 25 de julho de 2017, Danilo Sandes marcou encontro com militares entrou no veículo deles para que pudessem ir até Filadélfia.

No percurso, os pistoleiros deram dois tiros na nuca de Danilo e esconderam o corpo em um matagal. A vítima só foi localizada dias depois pelo morador de uma fazenda.

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