Servidores do governo do Tocantins relatam demissões em massa após decisão do STF que negou recurso de Wanderlei Barbosa
Exonerações estariam ocorrendo em diversos órgãos estaduais; governo ainda não se pronunciou oficialmente
Servidores de diferentes órgãos do governo do Tocantins afirmaram ao RepórterTO que receberam, nesta sexta-feira (10), ligações de suas chefias imediatas informando sobre a exoneração de seus vínculos a partir de hoje.
Segundo relatos obtidos pela reportagem, as demissões ocorrem em várias regiões do estado e atingem servidores comissionados e contratados de diferentes pastas, exceto as secretarias da Saúde e da Educação, que até o momento não teriam sido afetadas.
As exonerações em massa acontecem horas após a decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), que negou o recurso do governador afastado Wanderlei Barbosa (Republicanos) para voltar ao comando do Palácio Araguaia.
Barroso negou seguimento ao agravo apresentado pela defesa, mantendo assim a decisão do ministro Edson Fachin, que já havia extinguido o habeas corpus impetrado por Wanderlei. Com isso, o pedido não será levado a julgamento pela 1ª Turma do STF, e o afastamento do governador continua válido.
O habeas corpus foi apresentado pela defesa de Wanderlei Barbosa após sua suspensão do cargo determinada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), no âmbito de uma investigação que apura suspeitas de desvios de R$ 73 milhões em recursos destinados à compra de cestas básicas durante a pandemia de covid-19.
A defesa do governador nega as acusações e afirma que ele é alvo de perseguição política.
Até o momento, o governo do Tocantins ainda não se pronunciou oficialmente sobre as demissões relatadas.
O RepórterTO entrou em contato com a Secretaria de Comunicação (Secom) e aguarda resposta sobre as exonerações e seus motivos.

