Eduardo Siqueira recebe alta após infarto e segue para prisão domiciliar
Prefeito afastado de Palmas passou por angioplastia após sofrer dores no peito enquanto estava preso no quartel da PM
O prefeito afastado de Palmas, Eduardo Siqueira Campos (Podemos), recebeu alta hospitalar na manhã desta sexta-feira (11), após passar três dias internado no Hospital Geral de Palmas (HGP). Ele foi submetido a uma angioplastia depois de sofrer um infarto no alojamento onde estava preso, no Quartel do Comando Geral da Polícia Militar do Tocantins.
Segundo o boletim médico assinado pelo cardiologista Andrés Sánchez, Eduardo teve boa resposta ao tratamento e apresentou evolução clínica favorável. Ainda conforme o boletim, o político reúne condições para continuar a recuperação em casa, sob cuidados domiciliares.
Eduardo foi internado na madrugada da última terça-feira (8), após sentir fortes dores no peito. Ele chegou ao hospital em uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), com um quadro de angina instável de alto risco. Durante o cateterismo cardíaco, os médicos identificaram uma obstrução significativa na principal artéria do coração, o que levou à necessidade de uma angioplastia com implantação de stent.
Prisão domiciliar após o infarto
No mesmo dia da internação, o ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu prisão domiciliar a Eduardo. A decisão levou em conta o laudo médico que apontava a gravidade do quadro clínico e a necessidade de um ambiente apropriado para a recuperação.
Apesar da mudança de regime, foram mantidas as medidas cautelares já impostas. Eduardo segue afastado do cargo de prefeito e está proibido de manter contato com outros investigados ou deixar o país. A Procuradoria-Geral da República (PGR) deu parecer favorável à concessão da domiciliar.
O advogado de Eduardo, Juvenal Klayber, informou que a defesa agora vai trabalhar para tentar revogar a prisão preventiva decretada contra o prefeito afastado.
A decisão do STF não alcançou os outros dois presos na mesma operação: o advogado Antônio Ianowich Filho e o policial civil Marco Augusto Velasco Nascimento Albernaz. As defesas dos dois informaram que não iriam se manifestar.
Entenda o caso
Eduardo Siqueira Campos é investigado em um inquérito que apura o vazamento de informações sigilosas relacionadas ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ele estava preso desde o dia 27 de junho em um alojamento militar, por ordem do STF, como parte das medidas cautelares da operação conduzida pela Polícia Federal.

