Mulher é presa no Pará suspeita de extorquir família de Palmas com ameaças de morte e exigir R$ 200 mil
Uma mulher de 30 anos foi presa nesta quinta-feira (5) no município de Ourilândia do Norte (PA), suspeita de extorquir R$ 200 mil de três pessoas de uma mesma família, moradoras de Palmas, capital do Tocantins. A prisão foi realizada pela Polícia Civil do Tocantins, durante a Operação Extortio, coordenada pela 1ª Divisão de Repressão ao Crime Organizado (1ª DEIC – Palmas), com apoio da DEIC de Guaraí e das autoridades policiais paraenses.
De acordo com a investigação, a mulher enviava mensagens intimidatórias e ameaças veladas de morte pelas redes sociais e aplicativos de mensagens. Ela afirmava conhecer a rotina dos filhos das vítimas, e insinuava que “algo poderia acontecer” caso o valor exigido não fosse pago.
“As mensagens intimidatórias eram sempre acompanhadas de difamações e xingamentos, no sentido de amedrontar as vítimas e fazer com que elas cedessem às chantagens”, afirmou o delegado Wanderson Chaves Queiróz, responsável pela investigação.
Crime de extorsão qualificada
Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), a mulher vai responder pelo crime de extorsão qualificada pelo concurso de agentes, já que, durante as investigações, foi descoberto que um homem também participava das ameaças. Ele se apresentava como membro de uma facção criminosa e reforçava as intimidações com informações detalhadas sobre a rotina dos familiares.
Apesar das ameaças, as vítimas denunciaram o caso à polícia, o que permitiu a identificação da suspeita. A prisão preventiva foi decretada pela Justiça, e a mulher foi localizada em casa, no estado vizinho do Pará.
Em depoimento à polícia, a suspeita confessou a prática das extorsões, alegando que as vítimas teriam uma dívida com ela e que “os valores seriam pagos de qualquer forma”. Ela também admitiu que agiu com a ajuda de um homem, cuja identidade ainda não foi revelada.
Prisão e continuidade das investigações
A mulher foi encaminhada para uma unidade prisional feminina em Ourilândia do Norte, onde permanece à disposição do Poder Judiciário do Pará. O delegado afirmou que as investigações continuam para identificar o segundo suspeito e esclarecer a motivação exata da extorsão, bem como a dinâmica completa do crime.
“Trata-se de uma prisão de extrema importância, visto que essa mulher, supostamente com a ajuda de um comparsa, estava submetendo as vítimas a uma verdadeira situação de terror psicológico, com o envio de diversas ameaças, inclusive de morte”, destacou o delegado Wanderson Chaves.
Até o momento, o nome da suspeita não foi divulgado, e a defesa dela não foi localizada.