Leomar Quintanilha pode assumir a CBF em caso de afastamento de Ednaldo Rodrigues

Aos 79 anos, presidente da Federação Tocantinense de Futebol é o mais velho entre os vice-presidentes eleitos para a gestão 2026–2030 e pode ser alçado ao comando da entidade em eventual vacância. Gestão de Quintanilha é alvo de críticas no Tocantins.

A crise política que atinge a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) pode colocar um nome tocantinense no centro do futebol nacional. Caso o presidente Ednaldo Rodrigues seja afastado da entidade a partir de 2026, o presidente da Federação Tocantinense de Futebol (FTF), Leomar Quintanilha, de 79 anos, poderá assumir interinamente o cargo, conforme prevê o artigo 62 do estatuto da CBF.

Isso porque, segundo apuração do Estadão, a atual vice-presidência da CBF eleita para o mandato 2026–2030 conta com diversos nomes, mas Leomar é o mais velho entre os membros da chapa. O estatuto da confederação determina que, em caso de vacância da presidência após início do novo mandato, o vice-presidente com maior idade assume de forma interina até a convocação de novas eleições.

Quintanilha é presidente da FTF desde 1990, ano de fundação da entidade. Ao longo de mais de três décadas à frente do futebol tocantinense, também foi deputado federal e senador da República, entre 1989 e 2011. Apesar da longa trajetória, sua permanência à frente da federação é alvo de duras críticas em todo o estado.

Críticas à gestão no Tocantins

No cenário esportivo local, Leomar é frequentemente criticado pela falta de protagonismo da FTF, que pouco aparece nacionalmente em defesa dos clubes tocantinenses. Além disso, não há premiação financeira para os campeões do Campeonato Tocantinense, uma realidade que desestimula atletas e dirigentes e aprofunda a fragilidade estrutural dos times do estado.

Desportista relatam falta de apoio, ausência de investimentos e deficiências básicas na organização do torneio estadual. A federação também é cobrada por não apresentar um calendário esportivo atrativo e por manter uma postura distante das demandas dos clubes.

A possibilidade de Quintanilha assumir a presidência da CBF, ainda que de forma interina, já causa reações entre torcedores e desportistas do Tocantins, que conhecem de perto o desempenho do cartola no futebol regional.

Instabilidade na CBF

A chance de uma nova sucessão na presidência da CBF volta ao debate após novos questionamentos ao acordo homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que garantiu o retorno de Ednaldo Rodrigues ao cargo em janeiro deste ano. O processo agora aguarda julgamento de mérito pelo STF, marcado para 28 de maio.

A depender do momento de um eventual afastamento, a sucessão pode ocorrer de formas diferentes. Se Ednaldo for afastado ainda em 2025, quem assume é Rubens Lopes, de 78 anos, presidente da Federação do Rio de Janeiro. Já a partir de 2026, com a entrada da nova gestão, a responsabilidade passaria a ser de Leomar Quintanilha.

A CBF afirmou, por meio de nota, que considera legítimo o processo que garantiu a recondução de Ednaldo e que não teve acesso à perícia contestada. A entidade também acusa o uso indevido da análise pericial “de maneira midiática e precipitada”.

Enquanto isso, o debate sobre a governança da CBF segue no centro das atenções do esporte nacional — com o nome de Leomar de Melo Quintanilha ganhando projeção, ainda que envolto por questionamentos sobre sua própria trajetória no futebol tocantinense.

📍 Com informações do Estadão

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