Mãe intoxicada por ovo de Páscoa sai da UTI em Imperatriz e é informada da morte do filho
Mirian Rocha Silva, internada desde a última quinta-feira (17) após ser intoxicada ao consumir um ovo de Páscoa, apresentou melhora e deixou a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Municipal de Imperatriz. A transferência para a enfermaria ocorreu na manhã desta segunda-feira (21), quando ela recebeu a notícia da morte do filho Luís Fernando, de 7 anos, e do estado grave da filha Evelyn Fernanda Rocha Silva, de 13 anos, que segue entubada na UTI II da mesma unidade.
Segundo a família, Mirian conseguiu se comunicar, mas ainda está sem os movimentos do corpo. Ao ser informada sobre a morte do filho e a situação da filha, teve uma crise emocional e está recebendo acompanhamento psicológico.
O boletim médico mais recente indica que Evelyn apresentou piora clínica, neurológica e hemodinâmica nas últimas 24 horas. Mesmo com medicação otimizada, a adolescente segue com pressão arterial muito baixa e em estado crítico.
Suspeita foi presa e teria agido por vingança
Segundo as investigações da Polícia Civil do Maranhão, o ovo de Páscoa foi envenenado propositalmente por Jordélia Pereira Barbosa, de 35 anos, movida por ciúmes e desejo de vingança. Ela teria enviado o presente à família de Mirian, que era sua rival afetiva. A suspeita foi presa na última quinta-feira (18), na cidade de Santa Inês, e transferida para a Unidade Prisional de Ressocialização Feminina de São Luís.
O secretário de Segurança do Maranhão, Maurício Martins, afirmou que os indícios apurados até o momento apontam que o crime foi motivado pelo fato de o ex-marido de Jordélia estar se relacionando com Mirian. “Há vários indícios que apontam claramente que essa mulher foi autora do crime. A polícia vai continuar trabalhando para robustecer esses indícios e apresentá-la ao Judiciário, para responder por esse bárbaro crime”, declarou.
Imagens de câmeras de segurança, comprovantes de compras, bilhetes de ônibus, além de restos de chocolate encontrados com a suspeita e até duas perucas, estão entre os materiais que embasam a acusação.
As amostras dos ovos de Páscoa foram encaminhadas para análise no Instituto de Criminalística, e a perícia também solicitou exames de sangue das vítimas para identificação da substância usada no envenenamento. O laudo deve ser concluído em até 10 dias.
O caso segue sob investigação e comove moradores de Imperatriz e de toda a região sul do Maranhão.